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Encabezado 2

PUBLICAÇÕES DO PPGCA-UFF
 

Coleção Teses & Ensaios Críticos   

A Coleção Teses & Ensaios Críticos, uma realização do Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes (PPGCA) da Universidade Federal Fluminense, com o apoio da PROPPi-UFF, Capes e CNPq, e parceria com a Editora Circuito, tem como objetivo publicar a produção acadêmica do corpo docente do Programa, buscando trazer contribuições para o debate em torno das artes e de sua inserção no cenário da cultura social contemporânea. 

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O museu, o porto, a cidade: arte e gentrificação
na zona portuária do Rio de Janeiro


Luiz Sérgio de Oliveira

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Este livro apresenta resultados (provisórios) de uma pesquisa desenvolvida por Luiz Sérgio de Oliveira tendo como ponto de partida a criação do Museu de Arte de Rio (MAR). Nesta abordagem, o museu é investigado como parte de um projeto maior (econômico, político, social e cultural) que o atravessa e o supera.

A pesquisa foi pontuada por uma formulação que visa reconhecer sinais de enfrentamento do modelo colonial de museu, considerando que os museus do ocidente carreiam uma longa história de identificação com a colonialidade, Nesta direção, as reflexões se detiveram na análise das relações entre arte e política na produção da arte contemporânea no espaço museal.

O manejo dessas formulações foi articulado em torno de quatro indicadores: identificação e análise dos compromissos atuantes na criação do Museu de Arte do Rio; análise das práticas de acolhimento da arte contemporânea de caráter político nas curadorias do museu; investigação da existência de práticas curatoriais e de política de constituição de acervo para superação do modelo colonial de museu de arte; a análise do papel do MAR no projeto político-econômico de revitalização da zona portuária da cidade do Rio de Janeiro
 

Assim na arte como na vida

Luciano Vinhosa

Elaborado originalmente como tese para Professor Titular do Instituto de Arte e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense, Luciano Vinhosa, ao expor neste livro as inquietações que lhe acompanharam em sua longa carreira acadêmica, desloca a questão da arte, que de início lhe ocupou, para saber o que nos qualifica como artistas. Sem dúvida, uma questão premente para quem não só ensina como dedicou parte de sua vida à arte, sua prática e teorias.

Se o objeto de arte, no lugar de ser uma pintura ou uma escultura, é um qualquer como sabemos desde Duchamp, reside, segundo a tese defendida neste livro, um modo de envolvimento incondicional do sujeito com o trabalho que se faz ressentir na energia que fica agregada ao objeto que produz: o teor humano. Em primeira instância, a noção de trabalho aqui discutida ultrapassa o plano raso da alienação promovida pelas ocupações burocráticas e mecânicas, para resgatar um sentido, talvez muito anterior à sociedade moderna, que encontra satisfação no prazer de trabalhar. Em segunda, a prática artística se abre para todo aquele que tem no trabalho sua plena realização humana, seja quando prepara uma comida, seja na mais precisa marcenaria que executa, ou ainda quando produz o mais delicado dos objetos em que se possa pressentir o gesto de generosidade endereçado a um outro qualquer.

No entanto, e em terceira instância, haverá sempre aqueles que escolhem recortar-se como artistas no interior de um campo profissional. Decisão bastante importante para quem busca construir uma carreia de artista no campo social com reconhecimentos de seus pares e de todos que apreciam a arte. Fosse isso diferente, nada justificaria o seu ensino em escolas e universidades, ao qual o autor se dedica há tantos anos. 

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